Bootloader desbloqueado? Irás perder estas funções do Gemini
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Bootloader desbloqueado? Irás perder estas funções do Gemini

Ao desbloquear o bootloader de um Android, certas funções locais do Gemini, incluindo o Gemini Nano e funcionalidades de IA, deixam de funcionar.

O cerco está a apertar para os puristas das Roms personalizadas baseadas no Android Open Source Project (AOSP) . Depois duma nova diretiva da União Europeia que exige o bloqueio do bootloader nos smartphones, decisão essa que na prática dita o fim das ROMs alternativas no Android, eis que chega mais uma facada para este tipo de prática.

Se és daqueles que procuras dar funcionalidades extra ao teu equipamento Android com recurso a Roms personalizadas, fica a saber que ao desbloqueares o bootloader irás perder outras funcionalidades relacionadas com o Gemini. Geralmente, essa prática implica ativar primariamente as opções de programador para depois obteres acesso root do teu dispositivo. Embora estas ferramentas ofereçam grande controlo, também trazem riscos, como comprometer algumas funcionalidades. Uma delas, e talvez a mais relevante, é a perda de acesso ao Gemini Nano.

De acordo com a publicação TheSpAndroid, via Android Authority, desbloquear o bootloader do telemóvel Android realmente faz com que várias funcionalidades locais do Gemini, especialmente aquelas que dependem do modelo Gemini Nano, fiquem desativadas.

Isso significa que funcionalidades de inteligência artificial que funcionam diretamente no dispositivo, como resumos em aplicações de gravação, sugestões inteligentes no teclado, respostas rápidas e outras funções contextuais, deixam de estar disponíveis quando o bootloader está desbloqueado.

Como funciona a limitação?

Nos dispositivos com o bootloader desbloqueado, não é possível descarregar nem executar localmente os modelos Gemini Nano. O sistema reconhece o estado do bootloader e, ao tentar aceder às funcionalidades do Gemini Nano, aparece um erro como “FEATURE_NOT_FOUND”, conforme publicado na documentação da Google.

Esta limitação existe por motivos de segurança e integridade do sistema, de forma semelhante ao bloqueio de aplicações bancárias, pagamentos NFC ou à redução do nível de DRM em vídeos, algo que já acontece há vários anos.

O que se perde na prática?

Aplicações que dependem do Gemini Nano para processamento local, como geração de resumos automáticos, sugestões inteligentes ou respostas rápidas simplesmente deixam de funcionar. As funcionalidades de IA que operariam sem ligação à internet passam a depender de soluções baseadas na nuvem ou são simplesmente desativadas.

Nos dispositivos Pixel, funcionalidades mais recentes como o Pixel Screenshots, Call Notes e outras ferramentas de contexto inteligente deixam de estar disponíveis quando o bootloader está desbloqueado, mesmo que o dispositivo não tenha root.

É possível restaurar as funcionalidades perdidas?

A resposta é sim. Mas para isso é necessário voltar a bloquear o bootloader, ou seja fazendo um reset total ao dispositivo onde será possível restaurar a integridade do sistema e recuperar o acesso completo às capacidades locais do Gemini. Não existe forma de contornar esta restrição sem perder funcionalidades, uma vez que se trata de uma verificação de segurança integrada diretamente no sistema operativo.

Portanto, desbloquear o bootloader implica perder funcionalidades locais do Gemini, principalmente aquelas de IA que funcionam offline e que garantem mais privacidade e rapidez. O que achas desta limitação?