Exclusivo - Cristiano Amon, Qualcomm e o contexto geopolítico com a China

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Exclusivo - Cristiano Amon, Qualcomm e o contexto geopolítico com a China

No primeiro grande dia da Web Summit 2024, o DroidReader marcou presença numa das maiores palestras do evento, centrada no CEO da Qualcomm, Cristiano Amon.

Com efeito, numa época em que todos falam de AI, a Qualcomm não está de fora. Seja pelos dispositivos móveis Android, seja pelos mais recentes Copilot+PCs com Windows 11, ou até no mercado automóvel. A verdade é que a Qualcomm é uma gigante do setor, e como qualquer empresa de tal dimensão, encontra-se numa posição privilegiada, mas muito desafiante.

Desse modo, o Samuel Pinto aproveitou a press conference para colocar uma questão fundamental a Cristiano Amon, cuidadosamente pensada com base no contexto geopolítico que vivemos hoje. Depois de questionado sobre a possível mudança – para a Qualcomm – com a entrada de Donald Trump na Casa Branca, o CEO da Qualcomm foi questionado pelo Samuel sobre o seguinte:

Tendo em consideração que há uma procura enorme pelos chips de Inteligência Artificial e considerando que a TSMC produz a marioria dos chips da Qualcomm, qual seria o impacto entre um potencial conflito entra a República Popular da China e Taiwan?

Ora, o CEO da Qualcomm assertivamente afirmou que:

O que posso dizer do ponto de vista da Qualcomm é que, à medida que começamos a crescer e diversificar a empresa, começámos a ser relevantes para mais indústrias além do setor móvel. Entrámos no setor de PCs, no setor automóvel, na computação espacial e no setor industrial. No que respeita à geopolítica, que já ocorre há alguns anos, o nosso negócio na China, na verdade, expandiu. Estamos agora a estabelecer parcerias com mais empresas na China e penso que a resposta para isso é que, se uma empresa possui uma tecnologia líder, terá uma grande presença na China. É apenas uma função do PIB, e até hoje, penso que temos sido afortunados em continuar a expandir com muitos parceiros na China. Creio que não fomos impactados pela atual relação EUA-China e vou repetir o que digo sempre: acho que as empresas privadas, especialmente as americanas, que têm boas relações comerciais com empresas chinesas, funcionam como um fator de estabilização na relação geral. Quanto à fabricação de semicondutores pela TSMC, estamos, na verdade, bem diversificados, e somos uma das poucas empresas que desenha diretamente nós de ponta em mais de uma fundição. A TSMC é um fornecedor muito importante para a Qualcomm, mas para toda a indústria também, e esperamos que continue a fornecer e que isso continue a ser o caso.

Ainda que estejamos no início da Web Summit 2024, sem dúvida alguma que já valeu a pena e que muito mais estará para vir, carimbando o elevado interesse no evento, tal como nos anos anteriores.

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