O CEO da Qualcomm, Cristiano Amon, subiu ao Centre Stage do MEO Arena, na edição de 2024 da Web Summit, onde deu particular destaque à IA generativa e a como esta irá mudar a forma como interagimos com os dispositivos.
Com o crescimento e desenvolvimento da IA generativa, existe uma envolvência muito mais intuitiva, prática e natural neste modelo de linguagem. A realidade mostra que o número de aplicações com recurso à IA generativa está a aumentar de forma significativa, quer seja com o seu desenvolvimento através da nuvem, localmente ou as duas em simultâneo, caminhando para um modelo de linguagem de IA híbrida.
Segundo Cristiano Amon, CEO da Qualcomm, a empresa sediada nos EUA está na vanguarda do desenvolvimento de processadores que impulsionam as experiências digitais modernas, desde smartphones até novos domínios como a computação espacial, realidade virtual e realidade aumentada. Como uma das maiores empresas de semicondutores, a Qualcomm promove inovações através do Snapdragon, a plataforma de computação inteligente, que tem como missão, tornar a computação inteligente acessível em todo o lado e a todos.
Com o evoluir das tecnologias de IA generativa, está-se a desenrolar uma grande mudança na forma como a computação é vista do ponto de vista da empresa americana. Anteriormente, o foco da empresa era a conexão de todo o tipo de dispositivos através de redes móveis e Wi-Fi. Posteriormente, o destaque foi para o processamento de alto desempenho. Neste momento, uma nova era chegou para a Qualcomm, e é tempo dessa nova era ser impulsionada pela inteligência artificial (IA) no dispositivo.
Prova disso são os processadores Snapdragon que estão a evoluir para níveis superiores de forma a executar grandes modelos de linguagem e visuais diretamente no dispositivo, melhorando a velocidade, personalização e privacidade, além de reduzir a dependência da cloud. Esta mudança está a transformar as experiências do dia a dia com IA, que agora não reside apenas na cloud mas também nos dispositivos que usamos constantemente, desde telemóveis a computadores.
A IA executada localmente nos dispositivos que utilizamos traz benefícios distintos. É rápida, de baixa latência e altamente eficiente, com dados armazenados de forma privada no próprio dispositivo. Esta nova dinâmica permite que a IA seja personalizada para cada utilizador, mantendo a privacidade enquanto elimina os custos de processamento constante na cloud. Isto tem sido especialmente valioso com os modelos de IA generativa, que agora funcionam de forma integrada em vários dispositivos, melhorando o desempenho e reduzindo a dependência de data centers centralizados.
As interfaces de utilizador orientadas por IA estão a transformar as aplicações. Por exemplo, nas apps de bancos, os utilizadores hoje navegam por menus predefinidos. Com a IA como interface, os utilizadores poderiam simplesmente perguntar “Qual é o meu saldo?” ou “Mostra-me as minhas últimas três transações”, recebendo respostas imediatas e conversacionais. Isto transforma as apps de menus rígidos em experiências flexíveis e baseadas em linguagem, mudando a forma como interagimos com a tecnologia.
Da mesma forma, imagina planear um jantar em família. Em vez de saltares entre apps de mensagens, calendário e restaurantes, a IA pode gerir-te tudo com base num único pedido, sugerindo e fazendo uma reserva enquanto sincroniza com o teu calendário e os lembretes. Estas interações orientadas por IA permitem uma experiência contínua em vários dispositivos, carros e outros ambientes, especialmente com a linguagem natural como interface principal.
O futuro da computação reside nesta abordagem “IA-primeiro”, com experiências otimizadas para a forma como comunicamos naturalmente. Em breve, poderemos depender menos de apps tradicionais e mais de interações flexíveis e multimodais de IA que se integram perfeitamente nas nossas vidas diárias.
Na Qualcomm, o foco é em apoiar os desenvolvedores nesta nova paisagem, proporcionando acesso aberto a mais de 100 modelos através de plataformas como o Snapdragon AI Hub. A missão da empresa é capacitar a criação de experiências IA-primeiro em dispositivos móveis, PCs, wearables e muito mais. Com o série Snapdragon, a gigante dos chips expandir os limites do que é possível na era da IA generativa e IA na edge, promovendo a computação inteligente em todo o lado.
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