Bluesky: esquece o convite e adere já à alternativa ao Twitter

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Bluesky: esquece o convite e adere já à alternativa ao Twitter

Gmail, OnePlus e Bluesky. Três produtos, marcas e projetos de redes sociais que começaram por implementar um sistema de convites para adesão ou compra dos seus produtos e valências. Agora, também o spin-off do Twitter aboliu este polarizador sistema, ficando assim disponível para todo e qualquer interessado.

O anúncio foi feito pela própria rede social (descentralizada), um projeto que nasceria no seio do próprio Twitter com o intuito de implementar um novo conceito de rede social - a descentralização.

Bluesky representa o advento das redes sociais descentralizadas

Entenda-se por Bluesky o projeto que nasceria dentro do Twitter em 2019, ainda sob a batuta de Jack Dorsey e adquirindo, entretanto, independência em 2022, aquando da aquisição do atual X (ex-Twitter) pelo magnata responsável (também) pela Tesla, Elon Musk.

A principal proposta de valor da Bluesky assenta na disponibilização - agora sem convite - de uma plataforma descentralizada de redes sociais. Em suma, a ideia subjacente do Bluesky é a criação um sistema onde o controlo sobre os dados e interações seja distribuído entre os utilizadores da própria rede social. Isto em vez de ser centralizado numa única empresa ou servidor.

Controlo descentralizado da "máquina" e algoritmo

Tal como avançam os colegas da publicação The Verge, o apelo da "regionalização" das redes sociais, ou seja, da difusão do controlo algorítmico pode passar pela resposta mais ágil e eficiente a alguns dos atuais problemas das gigantes como o Facebook, X (ex-Twitter), bem como do TikTok, entre outras.

A Bluesky entrou oficialmente em operações na passada primavera - fase beta - durante a qual agregou cerca de 3 milhões de utilizadores. Entretanto, esta métrica deverá aumentar exponencialmente agora que o sistema de adesão (apenas) por convite, chega ao fim de vigência.

"Acreditamos efetivamente que o futuro das redes sociais é, e deve ser, aberto e descentralizado", afirmou Jay Graber, CEO do Bluesky, à publicação Engadget. "É algo que acreditamos ser benéfico para a conversa e debate público."

Funcionamento similar ao Twitter (clássico)

O atual funcionamento da Bluesky é em tudo similar ao Twitter de 2012 / 2013. Trata-se de uma plataforma de micro blogging onde podemos escrever, partilhar, comentar, responder e deixar o nosso voto de apreço, o like ou coração nas publicações.

Em jeito de curiosidade, uma publicação na rede social Bluesky será apelidada de "skeets", numa clara analogia aos "tweets", a toponímia atribuída ao antigo Twitter da era pré-Elon Musk.

Mais ainda, os utilizadores da Bluesky poderão seguir (ou empregar) diversos algoritmos de apresentação e gestão de conteúdo para os seus feeds. Aliás, poderão inclusive usar algoritmos criados por outros utilizadores da rede social.

Todavia, até ao momento a Bluesky carece ainda de ferramentas disponíveis comummente nas plataformas rivais como as Mensagens Diretas. Em todo o caso, será uma questão de tempo até que novas valências engrossem as suas fileiras.

Para os mais curiosos, a Bluesky assenta no protocolo de fonte aberta, ou open source AT Protocol.

Federação de controlo da rede social Bluesky

Controlada atualmente pela empresa mãe, em breve a própria firma pretende distribuir este controlo, ou pelo menos possibilitar esta realidade.

Para tal, dará a possibilidade a outros programadores, ou grupos de programadores, de criarem a sua própria versão do Bluesky.

"O protocolo é como uma API que está permanentemente aberta", afirmou Graber. "Tal significa que a criatividade dos desenvolvedores pode efetivamente ter rédea solta".

Por fim, de momento a maior alternativa - pragmática ao X (ex-Twitter) é a Threads do grupo Facebook, plataforma que conta já com mais de 130 milhões de utilizadores desde o seu lançamento oficial.

Todavia, caso queiram experimentar (ou simplesmente aderir) ao Bluesky, podem agora fazê-lo sem entraves (nem convites).

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