O que não faltam por aí são tablets. O pior é que os consumidores não se deixam encantar. E a culpa é de quem? Das fabricantes que nos foram confundido mais e mais ao longo dos anos. Ora agora é um tablet, ora agora é um computador, ninguém entende o que as marcas pretendem realmente dos tablets.
Todos pensávamos que a Google ia seguir este mesmo caminho confuso com o seu recém-anunciado Pixel Tablet, mas não. Não só surpreendeu tudo e todos como ainda nos fez voltar a olhar para um tablet com aquele brilhozinho no olhar!
Pixel Tablet chegará aos mercados em 2023
Depois de anos em que os tablets Android caíram no esquecimento, eis que a gigante da internet agarrou novamente na categoria de produtos para a transformar. Certo que a roda está inventada, porém, a Google acredita ter neste seu novo produto a fórmula perfeita para uma nova etapa dos tablets Android, mais centrada na gestão da casa inteligente e no consumo de conteúdos multimédia no sofá.
Diria que a época em que todos acreditávamos que tablets seriam substitutos do computador já lá vão. Tudo começou com o Surface da Microsoft, que veio despertar o bichinho daquele que era um desejo de muitos quanto ao futuro da computação pessoal. Unir o touchscreen a um chassis ultra-portátil, desempenho majestoso e o melhor de tudo a ser capaz de fazer tanto ou mais que um computador portátil?! Quem não queria? O 2 em 1 perfeito. Mas que não pegou com muita força. A Apple ainda tentou ir atrás com o iPad Pro mas nos últimos dois anos tem vindo a desinvestir nesta ideia, e até surgiram rumores recentemente de que vai disponibilizar o macOS no iPad Pro no próximo ano...
Isto para dizermos que o conceito original dos tablets ficou esquecido lá atrás. Longe vão os tempos em que as marcas pensavam de raiz num tablet para entregar apenas uma extraordinária experiência de consumo multimédia. Hoje em dia a preocupação das fabricantes vai além de tudo isso com suporte a teclado, trackpad, caneta, software aprimorado para abrir várias apps ao mesmo tempo, etc. O extremo de produtividade. Muitas vezes deixando os utilizadores mais e mais confusos com a abordagem principal do produto e principalmente o seu público-alvo que deixou de ser claro.
A Google volta às origens com o Pixel Tablet para nos trazer um básico tablet Android, que até vai acrescentar suporte a caneta e quem um sabe um teclado, mas essencialmente a empresa de Mountain View está focada na experiência de casa. Nos momentos de lazer, e não de trabalho. Precisamente para a função que os tablets foram criados. Para aquele momento em que só te apetece ver uma série e esquecer que o mundo lá fora existe. Ou apenas para aqueles que precisam de gerir a sua casa inteligente num ecrã facilmente partilhado pela família. Sem complicações. E isso, sabe tão bem!
Deixa o teu comentário