Sabemos bem que os smartphones se tornaram ferramentas poderosas de trabalho mas, sendo usadas em todos os cenários, um dos elementos fulcrais é o seu ecrã e tecnologias que alberga. Quer seja na resolução, taxa de atualização ou brilho, as marcas têm feito de tudo para tornar os equipamentos mais apetecíveis e usáveis em todas as situações, em especial na rua e sob sol direto.
O que são os nits?

Quando falamos de brilho num ecrã, referimo-nos, naturalmente, à capacidade máxima do painel emitir luz. Um valor reduzido compromete a visibilidade em ambientes muito iluminados, enquanto um brilho excessivo, sem o devido controlo ao nível de software, pode distorcer as cores e gerar um aspeto artificial.
A unidade de medida usada baseia-se na palavra espanhola candela (vela, em português), que indica a quantidade de luminosidade emitida num metro quadrado. É, portanto, um paralelismo direto à luz produzida por uma vela num determinado espaço físico. Sendo esta a medida fundamental da intensidade luminosa, surge também o termo lux, utilizado como referência universal.
No entanto, no contexto dos ecrãs, a unidade mais prática e amplamente adotada é o nit, que traduz, de forma mais intuitiva, o brilho percebido pelo utilizador. Assim, ao falarmos de um painel com 2600 nits, referimo-nos a um ecrã capaz de emitir uma luminosidade equivalente à de 2600 velas concentradas nesse espaço — um valor que, na prática, garante excelente visibilidade mesmo sob luz solar direta.
Porque importa?

Quanto maior o brilho do ecrã e concentrado naquele espaço, mais conforto poderá ter o utilizador ao ver e ler o conteúdo que lhe é apresentado, algo útil quando estamos no exterior.

Não existe, contudo, um valor recomendado, mas existem mínimos estabelecidos para diversos produtos e que têm correlação com a utilização que damos. Existe assim uma grande diferença entre o que encontramos num smartphone, por exemplo, e um computador, que usamos mais no interior.
Tecnologias acessórias: o HDR

Como já referido, o brilho não é tudo. As marcas investem cada vez mais em tecnologias, tanto de hardware como de software, que melhoram a qualidade da imagem sem sacrificar a fidelidade das cores nem o contraste. É aqui que entra o HDR (High Dynamic Range), e as suas várias implementações, como HDR10, HDR10+ ou Dolby Vision. Esta tecnologia permite que o ecrã ajuste dinamicamente os níveis de brilho e contraste em função do conteúdo, oferecendo pretos mais profundos, brancos mais intensos e uma paleta de cores mais realista.
Na prática, isto traduz-se em fotografias com maior detalhe nas zonas de sombra, filmes com cores mais vivas e cenas de jogos com iluminação mais natural. Além disso, muitos ecrãs modernos combinam o HDR com algoritmos de mapeamento de tons e sensores de luminosidade ambiente, adaptando a imagem às condições de luz em redor, o que melhora significativamente a experiência visual, mesmo em exteriores.
Mas atenção
Por mais que estes números, nos smartphones, sejam cada vez mais alto, a gestão máxima cabe sempre ao telemóvel e geralmente só é atingido quando usamos os modos de detecção automática. Isto torna-se essencial não só para a gestão energética, como para preservar a própria saúde da bateria, do processador e, claro, do ecrã em si.