Tom Hale, CEO da Oura, tecnológica conhecida pelo Oura Ring, o anel inteligente dedicado ao acompanhamento da saúde e bem-estar dos utilizadores, marcou presença esta quarta-feira na Web Summit 2025.
Em conferência intitulada "Prevent, personalise, perform: The Oura healthcare playbook", Tom Hale subiu ao Center Stage (palco principal do evento) para falar sobre a visão da Oura para o mercado tecnológico ligado à saúde e bem-estar.
Hale refere que é objetivo da empresa continuar o ritmo de crescimento verificado no último ano, afirmando que os números são cada vez mais positivos, com um alcance cada vez maior através das suas campanhas de promoção dos produtos, mas que notoriamente tem ganho popularidade através da recomendação "de boca em boca" entre clientes. Na conferência o CEO destacou que a taxa de retenção se tem revelado muito positiva, superando inclusive aquela apresentada pelo Spotify e pela Netflix nos períodos equiparáveis.
O segredo para o sucesso da marca é, segundo Tom Hale, o conteúdo que a Oura produz e sobre o qual trabalha, existindo na sua opinião um grande interesse no mercado para este tipo de produtos ligados à saúde e bem-estar dos utilizadores. A consciência deste interesse generalizado é a inspiração para o desenvolvimento dos serviços e produtos, destacando Hale que as preocupações dos utilizadores são tidas em conta por forma a desenvolver a sua oferta.
Apesar de um foco inicial na monitorização do sono, a Oura tem vindo a expandir os seus horizontes. Tom Hale revelou à Web Summit 2025 que a Oura se encontra atualmente a desenvolver tecnologia de análise de sangue, na forma de um sensor a incorporar nos seus produtos.
A utilização da inteligência artificial (IA) tem sido, para Hale, essencial para desbloquear as capacidades e objetivos que a empresa pretende atingir no capítulo da pesquisa e desenvolvimento. No entanto, não deixou de referir que as equipas continuam a ser pensadas para manter o ser humano como principal dínamo do desenvolvimento, contando a empresa com 35 doutorados em ciência biomédica e tendo recentemente contratado o seu primeiro diretor executivo ligado à medicina (chief medical officer).
A proteção de dados não deixou de ser tema na conferência, sendo que Tom Hale fez questão de reforçar que a Oura é uma empresa regulada ao abrigo do RGPD e que a recolha de dados dos utilizadores está estritamente em cumprimento dos regulamentos internacionais de proteção de dados.
A visão para o futuro da empresa está, para Tom Hale, na assistência aos utilizadores. O CEO acredita que num futuro próximo será possível através da inteligência artificial e da cloud fazer a gestão segura do histórico de análises dos utilizadores e ajudar os mesmos a entender os resultados obtidos e a sua evolução.
Desde a sua fundação em 2013 na Finlândia, o foco da Oura sempre passou por se tornar um dos motores da transformação tecnológica da saúde e bem-estar. Para Tom Hale, esta continua a ser a visão para os próximos dez anos, pretendendo que a empresa se torne numa verdadeira referência a nível internacional.
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