A segurança dos nossos smartphones é um tema de cada vez maior interesse para os utilizadores. Com as capacidades que os dispositivos oferecem de se tornarem uma carteira digital para as nossas vidas, também o risco em torno dos mesmos aumenta. Afinal, com acesso a contas bancárias e a dados pessoais, os nossos smartphones tornam-se alvos ideais para hackers.
É essencial manter os nossos dispositivos seguros contra malware utilizado por estes invasores, que tentarão clonar os nossos dispositivos de várias formas. Para além do acesso ao nosso dispositivo, também o acesso ao nosso cartão SIM e ao IMEI (International Mobile Equipment Identity) são potenciais alvos, já que através destes dados podem clonar cartões e tirar partido das chamadas e mensagens que com eles podem fazer, à nossa custa.
Assim, abaixo vamos falar de cinco formas de detetar se o nosso smartphone foi clonado.
Verificar se existe algum tipo de malware instalado
Estamos habituados a ouvir falar dos vírus para os computadores, mas também os nossos smartphones podem ser infectados com software indesejado. Um smartphone infetado com malware terá um sistema a funcionar de forma lenta e incoerente, com um desempenho irreconhecível.
O utilizador deve verificar todo o tipo de sinais de falhas no desempenho que vão para além do que possa ser razoavelmente expectável de um bug de uma atualização de software ou do simples desgaste do smartphone. Para além desta quebra no desempenho, há que verificar também se existe publicidade indesejada no sistema operativo, fora do normal na maioria dos smartphones.
É importante adicionalmente verificar a lista de aplicações instaladas. Qualquer aplicação que não seja familiar para o utilizador e que não seja possível desinstalar (ou mesmo que desinstalada, volte a aparecer) pode significar que o smartphone está infetado com malware. Nesse cenário, a opção mais segura é fazer um reset completo ao software.
Plafond de chamadas gasto e custos extra na fatura
Como referimos acima, clonagem de dados SIM são também um risco real. Apesar de no mercado português muitos utilizadores funcionarem com tarifários pré e pós-pagos, com plafonds delimitados, existe a possibilidade de os mesmos serem esgotados e tal acarretar custos extra para os utilizadores.
Um cartão SIM clonado pode significar que o atacante poderá utilizar os nossos números para fazer chamadas de spam ou possíveis atividades ilegais recorrendo aos nossos dados pessoais.
Uma forma de detetar que o cartão SIM possa ter sido clonado será precisamente estar atento à cobrança da nossa operadora todos os meses e, em caso de suspeita quanto a algum gasto, contactar diretamente por forma a verificar quais as causas de tais gastos fora do normal.
Mensagens para reiniciar o smartphone
Ao clonar um smartphone, os intrusos terão a necessidade de por curtos períodos de tempo manter o smartphone original desligado, de forma a concluir o processo de clonagem. Assim, é importante estar atento aos pedidos para reiniciar os dispositivos, verificando a origem deste pedido.
Recomenda-se muita atenção aos pedidos para reiniciar o smartphone, que apenas devem ser seguidos quando uma atualização para o sistema operativo está disponível e é promovida pelo próprio dispositivo.
SMS e chamadas não recebidas
Mais um sinal relacionado com a clonagem de cartões SIM será a abrupta interrupção de receção da chamadas e SMS. Quando confrontados com este sintoma, o cenário habitual será o de que o smartphone deverá indicar que não deteta qualquer cartão SIM instalado ou um erro descrevendo que existe um problema com os dados móveis.
Se o utilizador conseguir corrigir estes erros e continuar com o problema de não receber chamadas e SMS, deverá de imediato contactar a operadora e reportar o problema, podendo mesmo ser necessário um novo cartão SIM.

Localizador Google a mostrar informações incorretas
Uma das aplicações mais interessantes da Google, a Find My Device (Localizador), permite aos utilizadores localizarem os seus dispositivos à distância no mapa. Para um smartphone com o IMEI clonado, esta aplicação revelará que, para além da posição atual do utilizador, haverá uma segunda e será um sinal de que o smartphone foi clonado.
O que fazer se o meu smartphone foi clonado?
Caso o utilizador, recorrendo às técnicas supra (ou de outra forma), descobrir que o seu smartphone foi clonado, deve tomar várias medidas corretivas imediatas.
A primeira, relacionada com a clonagem do cartão SIM, será a de contactar de imediato a operadora e confirmar se existiu algum pedido de ativação de cartão com o mesmo número ou de uma segunda via, reportando que a mesma foi fraudulenta. É importante informar a operadora da situação de clonagem para que as suas equipas possam agir de acordo com os seus protocolos de segurança.
De seguida, é importante ter em conta que, sabendo que o nosso smartphone foi clonado, todas as passwords de contas que estejam ligadas no dispositivo devem ser imediatamente alteradas. Logo de seguida, será importante fazer um reset total ao smartphone, por forma a garantir que qualquer malware que possa estar instalado no dispositivo seja eliminado.
Por fim, caso alguma das contas utilize SMS como fator de segurança para login, este deve ser desativado de imediato, caso o SIM tenha sido clonado. Aqui aconselha-se a utilização de outra forma de autenticação de duplo-fator alternativa.