Como se compara o Google Pixel 10 ao Samsung Galaxy S25?
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Como se compara o Google Pixel 10 ao Samsung Galaxy S25?

Com os equipamentos já maturados no mercado, chegou o momento de perceber como se compara a oferta da Samsung e da Google

Foi em janeiro que a Samsung deu o pontapé de saída no ano tecnológico com a apresentação da linha S25. Nas semanas seguintes chegou às lojas. A Google, como já é tradição, só entrou em cena mais perto do final do ano. Agora que ambos os produtos estão amplamente disponíveis, é finalmente altura de os colocar lado a lado e comparar.

Construção e design

O design dos equipamentos tem tanto de comum como de diferente, já que os mesmos apresentam uns cantos arredondados para conforto na utilização mas, após isso, os mesmos apostam em designs distintos nos seus módulos fotográficos. A Samsung um posicionamento clássico para os seus três sensores, já a Google regressa com a sua icónica barra horizontal.

A construção leva, assim, a diferenças no peso, onde o Pixel 10 é, na verdade, uma polegada maior que o S25 e com um peso de 204 gramas versus os 165 gramas do S25 com o seu ecrã de 6.2 polegadas. Isto torna a oferta da Samsung mais compacta para os fãs desses modelos cada vez mais raros. A proteger este pacote temos resistência IP68 e a presença do Corning Gorilla Glass Victus 2 em ambos os equipamentos para o S25 acrescentar um frame em alumínio para maior robustez.

Ecrã

O ecrã é o ponto de partida para qualquer experiência e estes equipamentos não desiludem. O Galaxy S25 contam com um ecrã FHD+ Dynamic AMOLED 2X com um brilho máximo de 2600 nits onde o Pixel consegue ser superior com o seu Actua display que atinge um brilho máximo até aos 3000 nits. Contudo, a vantagem da Google acaba aqui, já que enquanto o S25 oferece uma taxa adaptativa de 120Hz, o Pixel está limitado a uma taxa dos 60-120Hz.

Performance

Sendo dos pontos mais sensíveis, é onde a diferença poderá, ou não, ter impacto no que o utilizador procura. O certo é que tendo usado o Pixel 10, o mesmo consegue aguentar com jogos ligeiros e algum processamento de vídeo com o seu Tensor G5 construído a 3nm. Este Tensor tem o seu foco em IA apesar da Samsung também oferecer a sua suite da Galaxy AI e com processamento no dispositivo possibilitado pelo Snapdragon 8 Elite.

O Samsung também tem acesso às funcionalidades de IA da Google, como o Gemini e as ferramentas do Google Fotos, o que torna a decisão mais difícil, já que não se perde praticamente nada ao optar pelo modelo da Samsung, que acaba até por oferecer maior valor global. Ainda assim, o Pixel 10 leva vantagem no desempenho, graças aos 16GB de RAM, face aos 12GB do S25.

Poder fotográfico

A Google não ficou a dormir nesta geração no modelo base, já que, apesar da família S contar com três sensores fotográficos desde 2020, a Google trouxe este ano um sensor periscópico para o seu Pixel 10 e que consegue dar mais versatilidade ao utilizador. O Galaxy S25 oferece um sensor principal de 50 MP com AF OIS, um de 12MP ultra grande angular e um de 10MP telefoto com AF e OIS para zoom ótico a 3x e máximo de 30x. A Google, por sua vez, mune o Pixel 10 com um sensor de 48MP com AF OIS, um de 13 MP ultra grande angular e, também, um de 10MP para zoom a 3x e máximo de 20x. Aqui a grande magia está no software da empresa, especialmente durante o dia, e na sua capacidade de manutenção de detalhes e cores.

A grande diferença encontra-se na câmara frontal, onde o Pixel 10, com o seu ângulo de 103º na sua câmara de 10,5MP com AF, consegue captar mais da ação e detalhes comparado com a oferta da Samsung e o seu sensor de 12MP com AF.

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Em termos de funcionalidades ambos são equiparáveis, quer em modelos fotográficos Pro e RAW, onde a Samsung oferece uma segunda aplicação para o efeito, assim como processamento e correções por meio de IA, quer de forma nativa, quer recorrendo ao Google Fotos e sem que o utilizador Pixel tenha de pagar por isso. Ainda se acresce, para profissionais, o modo de gravação Log na gama S25. O Pixel 10, contudo, apresenta um assistente de fotografia para ajudar no momento de composição de cena e ainda a possibilidade de nos adicionarmos a uma fotografia ao passar o telemóvel à segunda pessoa por forma a garantir que ninguém fica de fora.

No vídeo, contudo, a discrepância em processamento é grande, onde o Galaxy S25 consegue gravar em 8K enquanto que o Pixel necessita da cloud para processar.

Bateria

A bateria é outro fator decisivo neste confronto. O Galaxy S25 chega com 4000 mAh, enquanto o Pixel 10 oferece 4970 mAh, uma diferença significativa. Além disso, o modelo da Google inclui suporte nativo para carregamento magnético Qi2 a 15 W, algo que a Samsung não acompanha. No S25, o carregamento sem fios fica limitado aos 25 W, a mesma velocidade disponível por cabo, mas sem a conveniência do padrão magnético. Por cabo o Pixel 10 consegue velocidades de 30w.

Preço a ditar o veredito?

O Google Pixel 10 chega ao mercado por 909,99 €, enquanto o Galaxy S25 tem um preço recomendado de 939,99 €. A escolha pode ser tão complicada quanto simples, e é talvez no software que reside a maior diferença.

Ambos garantem sete anos de atualizações de Android e de segurança. No entanto, o Pixel 10 oferece uma vantagem: foi lançado com o Android 16, enquanto o S25 chega com o Android 15, o que significa que receberá uma versão extra do sistema. Para além disso, a experiência no Pixel é mais limpa, com menos aplicações e funcionalidades pré-instaladas. Já a Samsung aposta numa interface personalizada com a One UI, repleta de ferramentas adicionais que, para alguns utilizadores, são uma mais-valia, mas para outros podem ser dispensáveis.

Para quem valoriza o ecossistema, a decisão continua equilibrada. A Samsung oferece uma experiência fortemente integrada entre os seus equipamentos — smartphones, tablets, relógios, computadores e até eletrodomésticos — mas também funciona bem com dispositivos de outras marcas. A Google, por sua vez, não tem um ecossistema tão vasto, mas garante uma integração eficiente entre os seus produtos e, por assentar diretamente no Android puro, acaba por facilitar a ligação a dispositivos externos de forma mais imediata.

Não existindo um certo ou errado, cabe ao comprador perceber as suas necessidades, nomeadamente a nível fotográfico e de software para melhor decidir.